top of page

MESTRE PEDRO BOCA RICA

16 nov 1936  ☆ 

28 mar 1991 

“O passado nunca está morto, ele nem mesmo é passado. Esse passado, além do mais, estirando-se por todo o seu trajeto de volta à origem, ao invés de puxar para trás, empurra para frente, e ao contrário do que seria de esperar, é o futuro que nos impele ao passado”.

 

Hanna Arendt. [1]

Por Oswald Barroso

Pedro Boca Rica nasceu em 16 de novembro de 1936, no município de Aracoiaba. Filho de um agricultor, pequeno proprietário, seu pai plantava milho, feijão, arroz e mandioca, possuía uma casa de farinha, com cavalo puxando a bolandeira, e algumas cabeças de gado. Teve 13 irmãos.  Já na infância aprendeu a arte dos bonecos e a brincadeira do Boi. Seu primeiro mestre foi Antônio Bonequeiro, amigo do seu pai, mas também aprendeu com Queiroz e Pedro Albino. Seus primeiros bonecos foram: Baltazar, o Capitão João Redondo, o Mané Fuzarca, o Velho Paroara da Amazônia, o Velho da Garrafa e o Cassimiro Coco.

 

Aos 23 anos de idade, setembro de 1959, emigrou para São Paulo, onde trabalhou em várias fábricas metalúrgicas, entre as quais a Caterpillar. Na Capital paulista, morou no bairro de Jabaquara, localidade de São Judas. Nas horas de folga, fazia música e cantava. Pertenceu à União dos Artistas e Autores Sertanejos do Brasil. Apresentava-se em pequenos circos e chegou a cantar em programas de rádio e televisão.

 

Voltou ao Ceará, no ano de 1970. Veio morar em Fortaleza, no Conjunto José Walter, onde montou sua oficina de bonecos. Entrou em contato com o pessoal do teatro, particularmente com Gracinha Soares e José Carlos Matos, que lhe abriram as portas no mundo artístico da Capital. Como bonequeiro e brincante de Boi, passou a se apresentar na região em que nasceu e também em Fortaleza. Organizou o grupo de reisado Boi Tungão, com atores do Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA (atualmente Teatro da Boca Rica). Fez parte da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos – ABTB CE, da qual se tornou pesquisador, viajando por todo o Nordeste, em busca de bonequeiros e brincantes populares. Participou de inúmeros festivais e encontros de teatro, em vários Estados brasileiros.

 

Criou centenas de bonecos, entre tipos sociais, figuras humanas, animais e seres imaginários, considerados verdadeiras obras de arte, tal a maestria como esculpia no corpo ou no rosto, de muitos deles, traços de caráter e personalidade. Com o tempo, seus bonecos, feitos de uma peça única de madeira ocada, foram crescendo e se aperfeiçoando. Alguns articulam a boca e têm molas, alguns são feitos especialmente para a mão esquerda, outros para a mão direita. Além dos bonecos tradicionais da família de Baltazar e Casimiro Coco, como o Delegado, a Cobra, a Cascavel e o Boi, Pedro Boca Rica criou muitos outros, entre os quais, o Fuleiragem, o Inácio da Catingueira, o Maneiro Pau, o Vaqueiro, o Pai Velho, a Alma, o sanfoneiro Mané Fuzarca, os Duendes, Judas, São Pedro, o Padre, o Cão Preto, o Coronel, o Cão de 3 Cabeças e o Barbudo. Hoje, seus bonecos estão expostos em museus e centros de cultura de vários Estados brasileiros, como no Memorial da América Latina, em São Paulo, no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar e no Museu da Emcetur, em Fortaleza, além de em outros países, como o Japão.

 

Famoso entre os artistas populares de sua região, Maciço de Baturité e cercanias, Pedro Boca Rica é, também, autor de histórias inesquecíveis, como A Chegada de Baltazar no Inferno e O Casamento de Baltazar, além de ter contribuído com novos versos, passos e toadas, para a renovação dos reisados e bois nordestinos”.

AS MÃOS MOLENGAS DE PEDRO BOCA RICA

Seus bonecos são magníficos tipos humanos. Os traços do caráter fixados na imburana como saídos da imaginação prodigiosa de um romancista. Alguns trazem caracteres do próprio criador, feito o popular Cassimiro Coco, que tem os dentes de ouro do Mestre Pedro Boca Rica. Porém, o bonequeiro gosta mais é do negro Baltazar, a que ele chama de ‘meu pretinho.

 

Baltazar é uma espécie de apresentador no espetáculo de bonecos. É ele quem faz a ligação entre as diversas cenas constantes do roteiro, na encenação de Boca Rica. Tem uma bela cabeleira de fios implantados, o rosto pintado de preto, as feições grossas e simpáticas. Também os demais bonecos trazem cabelos humanos, a face e os trajes caprichosamente trabalhados pelas mãos hábeis e pacientes do bonequeiro.

 

No começo eram menores. Bonecos acanhados de interior. Pequenos. Só se enxergava o vulto deles por sobre a empanada de lençol, levantada no canto das salas. Lá no miúdo povoado de Baixa Grande, município de Aracoiaba, sertão central cearense, onde Pedro nasceu.

 

A vida ali era reduzida como os bonecos. De noite, os jovens ficavam pelos cantos, reunidos em turmas, a conversar potoca. Uns cantavam, outros tamborilavam nas mãos, os mais saídos ensaiavam alguns passos. Diversão mesmo não havia, a não ser aqui e ali um forró em povoado perto e a brincadeira do bumba-meu-boi nas festas de dezembro.

Nasce um bonequeiro.

 

Daí veio a idéia de fazer os bonecos. Os outros pensaram logo em Pedro, o jovem vaqueiro que no Boi era p Mateu, mulato brincalhão e festeiro, de palavra fácil. E ele experimentou. Até que um dia, o primo chamou-lhe de banda e disse: “Você está no ponto. O povo gosta e não faz diferença nenhuma dos bonequeiros que cobram para se apresentar. Você já pode ser profissional.”

 

“Hoje, pobre não tem mais direito de ter estas coisas, por tudo se paga imposto, a agricultura está arruinada. Por isso, a gente tem que ir eliminando muita coisa”. Assim, Pedro explica a ruína da sua família. Apenas um dos irmãos continua no interior ao lado do pai, já com mais de 90 anos. Dos outros, um mora em Porto Velho, ele em Fortaleza e o restante em São Paulo. O mais famoso é o Nilo Cearense, um cantor de música nordestina com vários discos gravados e constantes aparições em programas de rádio.

VIDA DE OPERÁRIO

Pedro também embarcou um dia em direção ao sonho de São Paulo. Exatamente em setembro de 1959, ele subiu no ônibus que nessa época ainda não era chamado de semileito. Em Aracoiaba deixou o Baltazar, o Capitão João Redondo, o Mane Fuzarca, o Velho Paroara da Amazônia, o Velho da Garrafa, o Cão e o Cassimiro Coco. Não se deu mal, em São Paulo. Trabalhou em fábricas metalúrgicas. A Caterpillar foi a última.

 

Pedro filosofa: “Existem coisas que a gente não nasceu para fazer. Mas de tanto se dedicar, de tanto se esforçar, acaba dando pra aquilo”. Às vezes, na fábrica, olhando para aquela maquinaria toda, ficava pensando como estava ali. Eu, um vaqueiro ignorante lá do interior do Ceará, lutando com aqueles aparelhos! Se eu não tivesse saído do sertão, nada daquilo tinha conhecido”.

 

Em São Paulo, morava no bairro de Jabaquara, num lugarzinho chamado São Judas, um tanto afastado do centro. Ligou-se aos nordestinos que ali já habitavam.

 

Nas horas de folga fazia música e ‘era metido a cantor’, como afirmou, enquanto mostrava uma carteira da União dos Artistas e Autores Sertanejos do Brasil. Cantava em circo e chegou a se apresentar várias vezes em programas de televisão do Canal 9. Uma voz bonita, dá pra se notar, ouvindo Pedro hoje cantarolar cantigas de Boi na casinha onde mora na segunda etapa do Conjunto José Walter (Av. E, 730), periferia de Fortaleza.

OFICINA DE BONECOS

Nesse endereço, funciona seu quarto de trabalho, que ele prefere não chamar de ‘oficina de bonecos’, pela falta de recursos. Cartazes de shows populares, bonecos, esculturas, projetos de trabalho, se misturam no pequeno cômodo. Tira de dentro de uma mala o anúncio de um show de música e teatro: “Este sujeito aqui (mostra um sanfoneiro com traje de cangaceiro) é um cearense de Itapipoca, Valdemiro Ferreira. Não canta bem, mas faz uma representação espetacular”. Fala, mostrando os dizeres do cartaz, anunciando os dramas: A Morte de Lampião, A Vingança de Corisco, A Mulher Degolada Viva e Da Terra nasce o ódio.

 

Em seguida, mostra seus últimos trabalhos: Lampião e mais uns dois cangaceiros, com os quais ele pretende formar um bando, porque quer contar uma história de homem destemido.

 

Da mala de couro cru, vai tirando outros bonecos. Primeiro, a velha turma do Baltazar e do Cassimiro Coco, depois as novidades, o delegado Inácio da Catingueira, o Maneiro Pau (um boneco com os braços sempre abertos, dançador que só ele, com um jeitão de hippie), o Vaqueiro, o Pai Velho, a Alma, os duendes, Judas, São Pedro, um sujeito com cara de coronel do interior, o Padre, o Cão Preto, o Cão colorido de três cabeças, um barbudo, o sanfoneiro Mané Fuzarca, alguns ainda sem cabelo e sem nome, e mais.

             

A gente nota a evolução. Os bonecos estão ficando cada vez maiores e com novos aperfeiçoamentos. Esculpidos numa peça só, a madeira da cabeça do boneco, por dentro, é ocada. Os personagens mais recentemente criados articulam a boca e têm molas em algumas partes do corpo. Dividem-se nos que são feitos, especialmente, para a mão esquerda e para a direita. Boca Rica diz que nem cem mil cruzeiros pagam o trabalho que ele tem para confeccionar um boneco daqueles.

 

De fato, para fazer, por exemplo, a sanfona do Mane Fuzarca, ele gastou muitos dias e paciência, para encontrar um material que mais se prestasse à adaptação de cada peça do instrumento musical.

 

O ESPETÁCULO DE BONECO

DE PEDRO BOCA RICA

 

Depois de criado, o boneco vai sendo introduzido no espetáculo. “Na hora em que você bota o boneco na mão e levanta, pela reação do povo, você vê logo quando vai dar certo ou não. O boneco é um palhaço, ele trabalha para fazer graça para o povo”. Explica o bonequeiro Boca Rica. Sua fala é calma e, numa irrepreensível dicção, ele vai descrevendo o desenrolar do espetáculo, numa aplicação didática de fazer inveja a qualquer professor.

 

Baltazar pede licença ao povo para apresentar o espetáculo. Recebe as palmas da plateia e logo surge o Delegado, querendo acabar a festa. Baltazar reage, mas acaba tendo de pagar a licença, não sem antes ter uma boa briga. O Delegado ainda sai ameaçando voltar, caso saiba de algum barulho anormal.

 

Livre do Delegado, Baltazar vai buscar Cassimiro Coco para animar o folguedo. Os dois dançam. Em seguida, entra o Maneiro Pau, aquele boneco com cara de hippie, que fez o maior sucesso com sua boca sorridente e seus braços que se tremem ao ritmo da gaita do bonequeiro.

 

No melhor da festa aparece uma cobra que morde Cassimiro Coco. Baltazar vai matá-lo e também é mordido por ela.  O preto fica cego. Mas como na estrutura do roteiro armado por Boca Rica para seus espetáculos, à entrada de um personagem mau se segue sempre a de um bom: aparece um curandeiro da Amazônia, que o deixa são e salvo.

 

Livre do veneno da cobra, Baltazar vai buscar dinheiro para pagar os cuidados do seu salvador. Quando volta, porém, encontra a mãe da outra cobra, uma cascavel maior ainda, que se prepara para abocanhar, de uma só tragada, o velho curandeiro. Trata-se uma luta de vida ou morte entre Baltazar e a cobra, até que o preto salva a vida do curandeiro, retribuindo o favor.

 

Para comemorar tudo, entra Mané Fuzarca, com sua sanfona, tocando um chorinho. Até que na dança se introduz o Cão, e desafia Baltazar para uma cantoria. Baltazar ganha o desafio, já que lê é o artista do brinquedo, como explica Boca Rica. Mas, apesar da derrota, quer levar como troféu a alma de todos os assistentes.

             

Claro que Baltazar, assumindo sua atribuição de herói, não deixa. E ainda por cima se monta na corcunda do Cão e dá um passeio a cavalo. Faceiro, volta ao palco e faz blague para a plateia: “Eu não disse pra vocês, que nem o diabo pode comigo!”

 

Como uma vez no interior, as mulheres se benzeram três vezes com a entrada do Cão, o povo achou graça e Pedro Boca Rica animou-se, foi mais adiante com o espetáculo e colocou o bumba-meu-boi para dançar. Agora, em todas as apresentações que agradam ao público o bonequeiro repete a dose.

 

A encenação costuma durar de 45 minutos a uma hora, tempo bom para se sentir o boneco, na avaliação de Boca Rica. Ele costuma trabalhar com cinco ou seis, embora sempre se faça acompanhar de uma mala com pelo menos uma dúzia de bonecos.

 

Este é o roteiro mais comum, em torno do qual Mestre Pedro desenvolve suas improvisações. Existem, porém, muitos outros quadros, que são mostrados de acordo com as conveniências do bonequeiro e a vontade do público, tipo “A Chegada de Baltazar no Inferno” e “O Casamento de Baltazar”. 

 

BONEQUEIROS

A recordação chega com nitidez de imagens. Antônio Bonequeiro sempre se hospedava na casa do pai de Pedro, quando vinha fazer apresentações no povoado. Deixava sua mala fechada a chave, num canto da sala, quando de manhã saia para uma prosa na bodega. Nas apresentações, Pedro ficava cheio de curiosidade para saber o que se passava por trás do pano. Como isso não fosse permitido, voltou sua curiosidade para a mala do bonequeiro. Um dia, junto com um companheiro de aventuras, não pôde resistir. Os dois arrancaram os parafusos da mala e por alguns instantes, manipularam os bonecos. Foi o bastante para que o menino Pedro se iniciasse nos seus segredos.

 

Antônio era um dos bonequeiros mais afamados da região. Havia o Pedro Albino, que era muito bom. Como o Queiroz, porém, não existia. Foi o primeiro bonequeiro que Pedro conheceu e também o melhor, até hoje. Natural de Pacajus. Alguns dos seus bonecos eram os mesmo de hoje, o Cassimiro Coco, o Capitão João Redondo e o Padre. Havia também outros, como o Compadre Abdulas e o Doido da Alemanha, um boneco todo vermelho que vivia assobiando.

 

Em todo lugar do Nordeste existe bonequeiro, embora às vezes se tenha que procurar muito. Ele é um andarilho, com sua mala de bonecos, vive de povoado em povoado. Pedro os conhece bem. “O bonequeiro bom é aquele que tem um recado desenrolado e que atinge todo mundo. É preciso que ele tenha raciocínio e saiba dominar o público”. Explica ele. O boneco também tem os seus segredos. “O boneco pode ser até feio na criação, na ‘ampliagem’ porém, pode ficar um boneco decente que a pessoa vê que o cara não é desleixado. Um boneco que mostra o bom gosto da pessoa”. No espetáculo, explica ainda, “o importante não é nem a história, é o modo do bonequeiro contar, de saber improvisar de acordo com o público”. Sempre num sentido: vai aparecendo barreira, coisa para atrapalhar o herói e ele vai enfrentando e vencendo. Acontece ocasião, entretanto, de tudo mudar. “A gente quer uma coisa, mas não é nunca o que a gente quer. É o que o povo pede, é o que deve ser”. O teatro de boneco tem um mistério. “Os bonequeiros do interior, por exemplo, com aqueles bonecos pequenininhos. Tem deles muito bons”.

 

Mesmo sem o verde se espalhar na plantação, Pedro voltou de São Paulo. “Bateu uma saudade medonha”. Uns perguntaram admirados: “O que você vai fazer naquela terra seca?” Outros concordaram: “Você vai para onde nasceu, para sua casa”. Pedro voltou no ano de 1970. Já não encontrou os antigos bonecos. Fez novos, bem maiores. Conheceu o pessoal de teatro amador de Fortaleza. “A Gracinha e o Zé Carlos me deram muita força”. Passou a se apresentar na Capital, porque antes só brincava em suas viagens ao antigo povoado da casa do seu pai.

 

Certa feita, foi convidado para participar de um Encontro de Teatro na Bahia. Estranhou: “Eu só via boneco à noite. Nunca tinha visto botar boneco durante o dia”. Apresentou-se para estudantes e intelectuais. Não podia deixar de haver um certo choque: “Eu estava acostumado a me apresentar só para bicho arara, que basta você dizer uma palavra, para o sujeito entender muita coisa”. 

 

A televisão foi uma nova barreira surgida no caminho do negro Baltazar. Ele preferiu dribá-la: “Hoje a TV comeu muito o espetáculo de boneco, como ela também mexeu com o cantador, o conquista e o bumba-meu-boi. A TV tirou o povo do terreiro, do centro da sala, do salão. Mas não acabou. A gente antes fazia a brincadeira às 19 horas e agora começa depois que termina a novela, às 21 horas”.

 

Porém, nem sempre são tão simples os obstáculos. Pedro Boca Rica sabe da necessidade de ir mudando, renovando sua arte. A organização dos bonequeiros em grupos, sua união, é outro dos caminhos para fazer frente aos novos tempos. “Acho que na cidade, a gente tem que trabalhar em grupo, porque no teatro a gente não pode ficar deixando buraco na hora que um boneco desce e outro sobe”. Afirma o bonequeiro, preocupado em agradas as plateias exigentes da cidade. Mesmo assim, ele não acredita muito: “O bonequeiro popular só é bom para o interior ou então para festival de boneco, onde o pessoal entende”. Confessa.

 

Talvez uma das dificuldades de Boca Rica na cidade, seja os seus roteiros, ainda muito voltados para a realidade cultural do interior, com tramas simples, que já não satisfazem às exigências das plateias acostumadas aos enredos complexos e até complicados das telenovelas. De resto, seus bonecos e seu trabalho de interpretação são extraordinários.

 

Ainda mais, o veterano bonequeiro carece de melhores condições de trabalho e exige consideração. “A gente não pode mais viver mendigando, aqui e acolá. Eu preciso de um teatro, num lugar que funcione, que seja bom para o público. Sem esse ponto de apoio, é difícil trabalhar”. Será que desta vez o negro Baltazar será capaz de vencer os obstáculos?”.  

 

[1] Livro (Re)tradicionalização. Organizado por João Gabriel. pg. 60, citado por Regina Abreu.

bottom of page